Num momento tão delicado como o que se vive em Portugal, é impossível ficar indiferente à mentira que alguns dos nossos políticos anunciam nos telejornais em horário nobre.
Estamos numa situação dramática!
Uma mentira repetida muitas vezes, e dita com convicção, começa a parecer-se uma verdade. Quem mais atentamente se dá ao trabalho de ler os textos e declarações em formato integral, a partir das quais alguns partidos criam "casos" que depois os telejornais reproduzem repetidamente, percebe que na maior parte dos casos, trata-se de extrair uma palavra ou uma frase do seu contexto, tirando-lhe todo o significado que efectivamente o seu autor lhe deu.
Estamos no tempo dos sms!!! Transmitir uma mensagem em menos de 160 caracteres, Aquelas coisas antiquadas que aprendíamos nas aulas de Português do secundário, como analisar o contexto, ler a introdução, desenvolvimento e conclusão, hoje estão completamente abandonadas e ignoradas, por políticos e jornalistas.
E assim, num atropelo vergonhoso à nossa língua Portuguesa, riquíssima por natureza, em que uma mesma palavra se torna objecto de múltiplas interpretações consoante o contexto em que está inserida, hoje se faz política e se noticía em Portugal.
A minha professora de Português do 7º ao 9º deve estar à beira da loucura ao ver como está o país na sua utilização do Português por alguns dos seus actores mais visíveis.
Envergonham-me aqueles políticos e jornalistas que se perverteram à comunicação SMS (apenas 160 caracteres...), e constroem contextos consoante lhes convém:
- seja para criar um caso político;
- seja para desdizer uma barbaridade que um seu colega de partido tenha dito;
- seja para destruir a imagem pública de um seu inimigo;
- ou seja de um jornalista que apenas quer ter o seu minuto de fama ao construir ou divulgar em primeiro lugar um título bombástico;
- seja do realizador televisivo, que recorta habilmente a informação que recebe, numa postura puramente sensacionalista à procura das tão procuradas receitas de publicidade, pondo na gaveta o papel superior do jornalismo de informar.
Vivemos de pequenas frases, que se dizem desprovidas de contexto, e depois rapidamente se esquecem, sem que nunca hajam responsabilidades pelo seu modo de transmissão, mesmo que tenham deixado a imagem pública completamente contrária aos factos que efectivamente foram comunicados pelo autor.
E assim se manipula e constrói uma opinião pública. Baseada em títulos de jornais, e pequenos momentos. Uns intencionalmente porque querem ganhar a sua guerra política ou económica a todo o custo, outros por uma pura mediocridade e necessidade de viver a grande velocidade, fazendo o seu jornalismo focado nas receitas e não na verdade dos factos.
Independente da opinião pessoal que se possa ter sobre qualquer dos nossos políticos, temos um Primeiro Ministro, que seja por mau aconselhamento, seja por simples incompetência, ou por intenção, nos tem vindo a mentir.
Já escrevia sobre isso quando foi anunciado nos telejornais pelo nosso actual Primeiro Ministro que Portugal tinha saído da crise, pois tinha tido um crescimento superior a 1% no primeiro trimestre de 2010. À data, fui ler o boletim económico do Banco de Portugal, e fiquei pasmo com o que li. Um Primeiro Ministro tem a obrigação de estar mais informado e melhor assessorado que eu. E eu nunca, jamais, com base no boletim económico do Banco de Portugal relativo ao primeiro trimestre de 2010, faria uma declaração pública como a que à data foi feita pelo nosso primeiro ministro, anunciando o fim da crise.
Esta "extrapolação da realidade" (para não lhe chamar mentira), é ainda mais grave quando vínhamos de um 2009 em que se aumentou funcionários públicos e se baixou IVA, e passamos para um verão de 2010 em que se tem que aumentar os impostos!
Não escolho uns nem outros, mas creio que chegou o momento de escolher uma opção para Portugal diferente das opções que nos governaram nos últimos 30 anos. Está na hora da terceira via: surpreender o sistema político e os políticos que têm tomado o poder como garantido, com uma votação superior ao esperado num dos pequenos partidos.
Sou patriota, ligado à minha terra, e motivado pelo reconhecimento do mérito.
Temo que a desinformação produto da utilização hábil por uns desta cultura de noticias SMS, leve a que uma parte substancial da nossa população, alimentada pelos títulos dos jornais, nem sempre reprodutores fieis das realidades que lhes deram origem, e desanimada com a falta de capacidade de comunicação de outros, acabem por tomar um sentido de voto que dê continuidade à mentira em que temos vivido nos últimos anos.
Não consigo ficar indiferente! Deixo aqui em anexo um documento que me enviaram para vossa reflexão, e espero assim contribuir para evitar uma derrocada ainda maior neste nosso Portugal.
Compare Você Mesmo Quem Mais Endividou o País
Abraço,
Angatú
Ter o próprio negócio é cada vez mais uma opção para aqueles que não conseguem encontrar opções satisfatórias no mercado de trabalho. Face à inexperiência, muitos começam por procurar oportunidades em franchising. Neste blog partilho a minha experiência enquanto franchisado, franchisador e observador atento das redes de franchising em Portugal, em contraponto com a minha experiência enquanto profissional em multinacionais de referência.
sábado, 30 de abril de 2011
Dados sobre o endividamento público Português (Crítica Política)
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