Num momento em que a Europa sufoca com algum arrefecimento do consumo, achei impressionante a nova e fresca perspectiva que tive da história das terras da Palestina, e a miséria e discriminação que famílias inteiras vivem aqui tão perto de nós.
Se alguém chegasse a tua casa armado e te dissesse: "sai, pois por não seres da minha religião, esta casa já não pode ser mais tua, e terás que te mudar com os teus filhos e mulher para um lugar distante e remoto", o que farias?
Em Portugal, durante o período do pós 25 de Abril de 1974 (revolução de derrube da ditadura) foram muitas as invasões do novo poder comunista a terras e propriedades dos "latifundiários", em que alguns se viram despojados das suas raízes e heranças de família.
Conheço uma história de um criador de gado do Alentejo, hoje com mais de 70 anos, que me confessava ter passado semanas a dormir encostado à porta de casa com a arma ao ombro para defender a sua casa e a sua família.
Este é um outro lado do conflito palestiniano, que não é habitual ver-se nos telejornais, e que é chocante e inaceitável. Na minha humilde perspectiva, nenhum fim justifica estes meios.
Sou pró-muçulmano ou pró-judeu? Nenhum e ambos. Acredito na tolerância e na multiculturalidade em que povos com histórias distintas coexistem, se respeitam, e em que sobretudo a casa de cada individuo, a sua propriedade privada e o seu direito de nela viver em paz são bens inalienáveis.
Nesta perspectiva, e reconhecendo o direito ao povo Judeu de ter uma terra que chame sua, não posso aceitar que o façam expulsando de sua casa famílias que nelas habitavam à décadas ou séculos.
Fundamentalismo gera fundamentalismo, radicalismo gera radicalismo, intolerância gera intolerância.
Vejam no link anexo um resumo da evolução da divisão do que secularmente eram os territórios da Palestina, hoje vergonhosamente divididos entre o estado da Palestina e de Israel.
O que eu gostaria de ver num futuro? Um estado Palestiniano multi-cultural e multi-religioso em que todas as religiões do mundo coexistem de forma pacífica e democrática, sob uma mesma bandeira, e em que não existam mais muros (nem de preconceitos nem de betão), pois todos os que foram criados no século XX, a história encarregou-se de derrubar. Já devíamos, enquanto povo global, ter aprendido alguma coisa com a história...
Não são estes os temas que habitualmente me levam à escrita, mas não consegui ficar indiferente a este assunto.
Fica aqui o link: http://democraciapolitica.blogspot.com/2010/11/por-que-derrubar-o-muro-da-vergonha-na.html
Abraço do Angatú!
Ter o próprio negócio é cada vez mais uma opção para aqueles que não conseguem encontrar opções satisfatórias no mercado de trabalho. Face à inexperiência, muitos começam por procurar oportunidades em franchising. Neste blog partilho a minha experiência enquanto franchisado, franchisador e observador atento das redes de franchising em Portugal, em contraponto com a minha experiência enquanto profissional em multinacionais de referência.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário